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domingo, 10 de outubro de 2010

Os 10 piores pecados de um psicoterapeuta

Escolher um psicoterapeuta nem sempre é tarefa fácil. Inúmeras são as pessoas que narram ter desistido do processo psicoterápico em virtude da não formação de vínculo, muitas vezes em razão da postura do psicoterapeuta.

John Grohol é um psicólogo americano, criador do portal psych central (eleito um dos melhores pela revista Time), e enumerou os 12 piores pecados de um psicoterapeuta.

Vejamos 10 destes, abaixo:

1. Dormir durante a sessão
Acredite ou não há psicoterapeutas que dormem durante a sessão. É claro que um bocejo pode ocorrer, pois o psicoterapeuta é um ser humano e pode estar cansado em um determinado dia. O problema é quando os bocejos são constantes e se tornam hábito. Dormir na sessão, acredito que dispensa qualquer comentário.

2. Atrasar-se para as consultas
O terapeuta precisa manter sua agenda de forma pontual, em sinal de respeito ao paciente. Chegar ao consultório com trinta, quarenta minutos de atraso, enquanto o paciente aguarda, é inconcebível. É claro que há situações onde um paciente pode precisar permanecer por mais tempo no consultório e isto causará atraso para a sessão subseqüente. Entretanto, esses casos constituem exceção e não regra, posto que as sessões costumam durar 50 minutos, mas o agendamento entre um e outro paciente é feito de hora em hora, ou seja, dando 10 minutos de saldo.

3. Comer na frente do paciente
Comer durante o atendimento psicoterápico deve ser evitado. Nem paciente, nem terapeuta devem estar comendo durante a sessão. Um café, um suco, uma água podem ser consumidos durante a sessão, mas comida não deve fazer parte do setting terapêutico.

4. Tomar notas excessivamente
Tomar notas excessivamente pode prejudicar o processo terapêutico. O paciente pode se distrair, bem como pode ficar incomodado em razão de estar narrando algo tão doloroso e íntimo, enquanto o outro no lugar de ter um comportamento empático e acolhedor apenas anota friamente. Em sendo imprescindível tomar notas, o ideal é que isto se dê de maneira bastante discreta.

5. Não ser acessível por telefone, whatsApp ou e-mail
Um terapeuta que não retorna ligações, WhatsApps ou e-mails de seus pacientes, segundo Grohol, age com inaceitável falta de profissionalismo. Claro que o terapeuta não vai ficar 24 horas ao dia / 7 dias na semana à disposição do paciente, mas é preciso que se lembre que existem emergências em saúde mental e pacientes em iminente risco suicida.

6. Atender ao telefone ou usar o computador durante a sessão
Durante a sessão, terapeuta e paciente devem manter seus celulares desligados ou no silencioso. O terapeuta deve orientar sua secretária a atender e anotar as chamadas urgentes, de pacientes em crise, para que possa dar o retorno necessário.

7. Expressar preferências raciais, sexuais, musicais ou religiosas em excesso
Grohol coloca que um terapeuta que passa uma sessão inteira discutindo temas ligados a preferências raciais, sexuais, religiosas, ou até musicais não está disposto a trabalhar para ajudar o cliente. Além de ser um comportamento anti-ético.

8. Excessivo contato físico
Contato físico entre terapeuta e paciente deve sempre ser algo confortável para ambas as partes. Embora, o Brasil seja um país latino, onde o contato físico é mais comum e aceitável quando se cumprimenta alguém, é preciso ter cuidado para que a relação terapêutica não tome características de relação de amizade e afeto, posto que é, antes de mais nada, uma relação profissional. Grohol frisa que envolvimento sexual jamais é bem vindo ou aceitável numa relação psicoterápica.

9. Inadequação no vestir-se
O psicoterapeuta como todo profissional deve vestir-se de maneira apropriada para o ambiente laboral. É claro que não precisa abrir mão de seu estilo, mas não pode esquecer que estará em um ambiente de trabalho.
 
10. Olhar excessivamente para o relógio
Ninguém gosta de sentir que está sendo chato e quando o paciente percebe que o terapeuta olha continuadamente para o relógio, é assim que se sente. Claro que o terapeuta precisa controlar o horário, mas os terapeutas experientes tem uma noção aproximada do tempo. Nada impede, entretanto, que o terapeuta tenha um relógio em lugar discreto e o consulte sem alarde. O que é inconcebível é olhar a todo momento para o relógio, dando a impressão que simplesmente não agüenta mais ouvir aquele paciente.

Fonte:


KARINA ALECRIM BESSA

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