Páginas

domingo, 14 de novembro de 2010

FASES DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL


Para Sigmund Freud, todas as crianças passam por fases distintas durante o seu desenvolvimento. Como cada um experiencia a passagem por essas fases será significativo para a formação da personalidade adulta.

São quatro, as fase do desenvolvimento psicossexual:

FASE ORAL - de zero a dezoito meses / dois anos aproximadamente;

FASE ANAL - de dois anos a três / quatro anos aproximadamente;

FASE FÁLICA - de quatro anos a cinco / sete anos aproximadamente;

FASE GENITAL - fase adulta.


FASE ORAL
A fase oral é a primeira das fases do desenvolvimento psicossexual. Embora não se possa afirmar com precisão a durabilidade de cada fase, estima-se que esta fase se desenrole até os por volta dos 18 meses de vida.

Subdivide-se a fase oral em:

1. ORAL PRIMÁRIA (sucção, ingestão)

Neste primeiro estágio da fase oral, a satisfação é obtida pela estimulação da boca. Adultos levemente fixados nessa fase gostam de comer, beber, fumar e beijar, por vezes, em excesso. Alguns autores, a exemplo de Sônia Del Nero, elucidam que uma fixação mais grave nesta fase pode estabelecer um futuro quadro de psicose esquizofrênica.

2. ORAL SECUNDÁRIA (mordedura)

Este segundo estágio da fase oral ocorre com o surgimento dos dentes e também é chamado de canibalístico ou sádico, pois o bebê para aliviar a dor e o desconforto do nascimento dos dentes: morde. Pessoas com fixação nesta fase podem se tornar hostis, agressivas e sarcásticas. Autores, como Sônia Del Nero, afirmam que uma fixação mais grave pode produzir uma psicose melancólia.

FASE ANAL
A fase Anal se inicia por volta dos dois anos e termina aos 3/4 anos de idade, aproximadamente. Nessa idade, a criança aprende a controlar os esfíncteres, por meio do treino de toillet.

O controle fisiológico obtido nessa fase leva a criança a perceber que o controle de um modo geral é uma nova fonte de prazer. Aliado a isso, as crianças percebem que atraem a atenção dos pais por meio do uso de toillet adequado, quando recebem elogios, bem como quando não se saem bem e são repreendidas.

Pela teoria Freudiana, quando os pais são muito exigentes e a criança não consegue corresponder satisfatóriamente a essas exigências, a reação pode ser de duas formas: defecando onde e quando quiser para desafiar os pais ou pode também reter as fezes.

Por isso, alguns autores subdividem a fase anal em expulsiva e retentiva. As pessoas com fixação na primeira fase anal (expulsiva) tendem a apresentar comportamento hostil e agressivo na idade adulta. Nos termos de Sônia Del Nero, uma fixação mais grave nessa fase expulsiva, pode levar a um transtorno psicótico paranóide,. Enquanto uma fixação grave na fase retentiva poderia ensejar o desenvolvimento de neurose obsessiva.

FASE FÁLICA
Esta fase se inicia por volta dos 4 anos e termina aos 5/7 anos aproximadamente. É nesta fase que as crianças começam a perceber as diferenças sexuais (masculinas e femininas). É também aqui que se desenrola o chamado complexo de Édipo e o desenvolvimento do superego.

A fáse fálica talvez seja a mais conflituosa de todas, por conta do complexo de Édipo. Por meio desta referência à tragédia grega de Sófocles, Édipo Rei, Freud tenta explicar a relação do menino com sua mãe e como no desenrolar desse processo o menino troca o interesse pela mãe pela admiração pelo pai, com quem se identifica e a quem passa a ter como modelo. Esse processo é chamado por Freud de “castração”. É por meio da “ansiedade de castração” que o menino se volta para o pai. Essa “castração” é responsável pelo estabelecimento da instância moral – o superego.

É importante esclarecer que o “pai” em psicanálise não é o pai biológico e sim quem introduz a noção de limites. Esta figura pode ser ocupada pelo pai, pela mãe, por ambos ou por uma outra figura, o cuidador.

Freud não foi muito elucidativo quanto ao complexo de Édipo nas meninas. Este foi abordado por seus seguidores, que o chamaram Complexo de Electra.

Uma fixação na fase fálica pode ensejar transtornos neuróticos fóbicos, somáticos, dentre outros, conforme elucida Sônia Del Nero.

PERÍODO DE LATÊNCIA
O período de latência não é uma fase do desenvolvimento psicossexual, cuja última fase é a genital. A latência é um período de repouso, descanço, onde os conflitos são bem mais brandos do que nos períodos anteriores. Como bem lembra Schultz, em Teorias da Personalidade, neste período, as crianças estão envolvidas com atividades escolares, hobbies e esportes, bem como empenhadas em desenvolver amizades com pessoas do mesmos sexo.

Este período vai se iniciar após a fase fálica, por volta de 5/7 anos, se extendendo até a puberdade, quando acaba a calmaria.

FASE GENITAL

Esta é a última fase do desenvolvimento psicossexual. É uma fase de maturidade biológica, atingida a partir da puberdade e indo até a idade adulta.



Direitos autorais reservados.

KARINA ALECRIM BESSA