Karina Bessa
Advogada e Psicóloga
A Psicologia, inegavelmente, desempenha importante função junto ao Direito. Pode-se afirmar que ambos tem a conduta humana como ponto de interesse; mas enquanto o Direito busca estabelecer padrões objetivos de conduta em sociedade, inclusive sancionando os desvios nesse sentido, propõe-se a Psicologia a investigar e entender o efetivo comportamento humano, subjetivamente considerado.
Assim, como resultado do reconhecimento da contribuição que a Psicologia pode trazer ao Direito, surgiu a Psicologia Jurídica. Entre outros benefícios para a sociedade, essa integração entre as referidas ciências permite a elucidação de muitas questões frequentemente submetidas ao Poder Judiciário.
O psicólogo jurídico é um profissional cuja atuação se revela por vezes imprescindível em processos envolvendo separação, divórcio, disputa de guarda, regulamentação de visitas, adoção, destituição do poder familiar, interdição, aplicação de medidas sócio-educativas a menores infratores, necessidade de apuração das motivações de crimes sob a ótica dos criminosos, apoio a vítimas de delitos ou a testemunhas, entre outras tantas situações, nas quais é preciso compreender as causas de uma conduta, orientar uma atitude, ou até mesmo prevenir danos emocionais.
Embora se possa considerar a Psicologia Jurídica uma área ainda emergente, os operadores do Direito dela cada vez mais se socorrem, na certeza de que o laudo, o parecer, a manifestação, a orientação ou qualquer outra forma de auxílio proporcionado pelo trabalho do psicólogo jurídico, é o que viabiliza, em muitos casos, o sempre almejado encontro do Direito com a justiça.
Autora: Karina Alecrim Bessa.
Advogada e Psicóloga.
Publicado no periódico "A Crítica", Manaus-AM, pag. C7, Coluna "Direito de Expressão", no dia 30/08/2011. Direitos autorais reservados.